quinta-feira, 30 de julho de 2009

Eletrônica “versus” rock

quinta-feira, 30 de julho de 2009


Volta e meia alguém me pergunta o que toca nas festas da Meachuta ou do Pogobol, por exemplo. “É rock?”, “É eletrônico?”, indagam. As festas – que prezam pela mistura de estilos e gente bacana – ignoram as barreiras entre o rock e a eletrônica. E mesmo com essa “união” entre os gêneros, ainda se usam parâmetros de um para criticar o outro.
Já há algum tempo muita gente diz que a dance music está estagnada e que não produz nada novo ou original. Claro que há estagnação quando se olha apenas para os grandes nomes, como Fatboy Slim, Chemical Brothers, Prodigy ou Moby que lançaram discos recentes ruins. As faixas mais bacanas são as que ainda olham para o passado. Mas seria como chamar o rock de conformista tendo como base os últimos álbuns do U2, Coldplay ou Red Hot Chili Peppers. Há muita coisa legal sendo feita para além dos nomes de sempre. Ou não?
A popularidade é outra comparação que vem à tona. Os bons nomes do rock, como Franz Ferdinand, Strokes e Arctic Monkeys, vendem muito mais discos e levam muito mais gente a seus shows do que os bons nomes de eletrônica, como Richie Hawtin e Speedy J., por exemplo. Óbvio que isso ocorre – esses últimos talvez nem queiram vender muito – são artistas que fazem música sem vocal, sem melodia pop, bem mais difícil de ser assimilada.
Até a virada do milênio, se falava muito em rock versus música eletrônica, como dois rivais ou inimigos. Mas nos anos 00, tempo de nomes como Rapture, Justice, LCD Soundsystem e Digitalism, só os bobos ou antiquados ainda acreditam em bandeiras e rixas como essas.
O povo da noite e dessas festas não acredita faz tempo.

Um comentário:

  1. Eu gostei do último CD do prodigy. Mas é estranho as pessoas pensarem tb que eletrônico é só tuntz tuntz de boate cocota ou psy de festa rave. Essa uniao rock eletronico produz grandes bandas e faz a diferença.

    abraços

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