Já começaram a ser distribuídos os CDs do PUB 242, que vai inaugurar no início de agosto. O repertório, com muita house music e sons dos anos 80 e 90, foi selecionado e mixado pelo DJ residente da casa, Fábio Yamada, um apaixonado assumido pela disco music, que comanda a já tradicional festa Let’s Dance e é um dos residentes da boate Vegas.
Yamada se descobriu um discotecário, como se auto-define, há mais de 20 anos. Seu mestre foi o DJ Tarrika. “Ele me deu a primeira oportunidade de ter um contato com a vida de DJ e muitas vezes me deixava escolher vinis, opinar na seleção das músicas”, conta.
No início da carreira, Fábio não contava com a aprovação do pai. “Ele achava que ser DJ era pra quem não tinha nenhuma perspectiva na vida”, revela. Com o tempo, entretanto, provou para a família que conseguia conciliar a programação noturna com as responsabilidades do dia-a-dia. “Quando meu pai aceitou, me disse que eu podia ir em frente, mas que tivesse em mente que não importava a hora que chegasse em casa, deveria estar de pé cedo para trabalhar”.
A lição deu certo e ele, que é graduado no curso de Engenharia Civil, é também exímio empresário no horário comercial. E só depois de fechar as portas de sua loja que se permite dar vazão aquele talento que começou como hobby e que aos poucos assumiu o status de “profissão secundária”.
O inicio de tudo foi em 1986, quando ele assumiu o programa “Festa da Cidade”, na antiga Rádio Cidade, ao lado de Janjo Proença e Tarrika; cinco anos depois trocava a emissora pela Rádio Marajoara onde apresentava o Club Mix e desde 1998 faz parte da equipe da Jovem Pan.
E é ao lado de Janjo e Tarrika com quem ele divide as pick-ups no Let’s Dance e onde o trio pode relembrar grandes festas da cidade como o “Friday Night”, as “Pipocas” e a “Festa da Cidade”, que os três fizeram por mais de dez anos juntos. “Estas festas foram sucesso absoluto nos anos 70, 80 e 90”, completa Fábio.
A primeira edição da festa foi inesquecível para o DJ samurai. “O primeiro Let's Dance foi impressionante. Às nove horas da noite, a boate já estava lotada, não tinha espaço para mais ninguém. Foi maravilhoso!”.
Atualmente, presença constante nos mais variados eventos, Fábio faz questão de ser fiel aos “velhos tempos”. Não abre mão de dedicar alguns minutinhos no meio da festa pra música lenta “como faziam antigamente”. “É bom pra relembrar o romance, namorar” diz ele. “Mas é por pouco tempo, porque gosto mesmo é de fazer todo mundo dançar”.
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