Há shows em que a integração entre palco e plateia é tão indissolúvel que as apresentações atingem o status de mitológicas. Aconteceu com James Brown no teatro Apollo (1963), com os Rolling Stones no Madison Square Garden (1969) e com o Pink Floyd em Pompéia (1971). Este último show é o que o coletivo Durango95’ se inspirou para realizar hoje (21.11), no Memorial dos Povos, um show especial com a banda Pink Floyd Project.
Mais do que uma apresentação, o concerto entre as ruínas da cidade italiana mostra a transição de uma banda que começou tentando sonorizar a ficção científica, passou pelas orquestrações mais grandiloquentes e estava aprendendo a deixar suas experiências um pouco mais palatáveis. E é esse espírito do show de hoje à noite.
A apresentação do Pink Floyd Project trará além do repertório de Live At Pompeil, clássicos dos discos Dark Side of The Moon, Wish You Were Here, The Wall e outros.
Antes do show, os DJs do Durango95’ esquentam o público, a partir das 17 horas.
Criado em 1965 na Inglaterra, o Pink Floyd é mais lembrado por seus álbuns conceituais e pelo rock progressivo que executou nos anos 70. Mas, no início, o grupo enveredava pela psicodelia e tinha como grande trunfo a liderança do guitarrista Syd Barrett.
Para acompanhar as alucinações musicais do guitarrista, a banda tinha Roger Waters no baixo, Rick Wright nos teclados e Nick Mason na bateria.
Após a gravação do primeiro álbum da banda, "The Piper at the Gates of Dawn" (1967), a instabilidade mental começou a minar a capacidade artística de Barrett. Dominado pela catatonia no palco, ele tocava coisas que não tinham nada a ver com os arranjos ou simplesmente não tocava.
Foi substituído pelo também guitarrista David Gilmour em 1968. Estava criada a formação clássica da banda, a mesma que se apresentou em Pompéia, num tempo em que os dinossauros do rock ainda tinham algo a dizer.
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