quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Fodástica! Jolly’n’transe vira produtora e realiza primeira festa

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009



Depois de sete bem sucedidas festas, a Jolly’n’transe agora vira produtora e o promoter Marcus Ayres, o cara por trás delas, realiza a festa Fodástica nesta sexta (04.12), na Lux Club, para marcar essa mudança. O Falada Noite conversou com ele que contou sobre a festa, novos projetos, noite e histórias dos seus mais de 10 anos como produtor.

Me fala um pouco da Fodástica. Pretendes misturar o underground, o hype, mainstream e afins? Como surgiu a idéia dela, o que vai rolar?
Fodástica surgiu a partir de um conceito que utilizo desde as primeiras festasJjolly’n’transe. Sempre gostei de colocar coisas opostas numa mesma noite e que, além de opostas, fossem fantásticas, que chamassem bastante a atenção do público presente. A antiga estética do Mercado Mundo Mix, em São Paulo, que rolava no começo de tal movimento cultural, me cativou por completo e foi mais ou menos um modelo parecido que eu adotei e trouxe pro começo das festas jolly’n’transe.
Misturar facções étnicas e culturais que envolvem conceitos hype, underground e mainstream, sem sombra de dúvidas gera um paradoxo, mas cria um hiato com a vontade de fazer “a festa”, de criar um line-up de exímias atrações, que façam o público presente se doar por completo ao conceito principal da festa. Na real, jolly’n’transe sempre brincou com tais conceitos. Mas antes era mais difícil, hoje tem adepto da underground culture que curte ouvir e dançar alguma faixa da Beyonce, sem fazer carão na pista.
No lounge do Lux, vai rolar Daniel Peixoto, Beck, LCD Soundsystem, Barbarella Project, Lucy and the Popsonics, Of Montreal, Fresno, Pitty, Mombojó, Adele, entre outros nomes.
O show da drag queen Melyssa Lyffer, será totalmente inovador. Melyssa fará uma performance com três músicas, The Gossip, Marilyn Manson e Sepultura, respectivamente.


A festa será mensal? Qual será a periodicidade dela?
Na verdade, a Fodástica é o nome da primeira festa, que marca oficialmente, o iíicio da Jolly’n’transe’n’produções. Será uma festa por mês, com nomenclaturas diferentes, tendo como alicerce o Lux Club, até mesmo por conta do contrato de exclusividade que tenho com a casa. As festas de janeiro e fevereiro já estão em fase de pré-produção.

E no som? Pretendes misturar o que já toca na Lux com outros estilos? Esse é um desafio, não? Quem são os DJs que irão tocar?
Jolly’n’transe nasceu, cresceu e vive de desafios. Os DJs residentes do Lux Club Rogério Vaz e Henrique Moraes vão rolar seus sets de tribal e electro house no dance floor da casa. No lounge, a música vai ficar rolando e vez ou outra vou brincar com algumas ferramentas no PC. Vertentes do rock e muitas coisas de hip hop, techno, drum’n’bass, ambient, neo funk e breakbeats, farão a alegria do povo mais hype, que estiver na casa.

Essa vai ser a primeira festa com o selo Jolly’n’transe, que passa a ser produtora de eventos e não mais nome de festa. Como aconteceu essa mudança? A produtora vem com outras festas, vai investir em novas áreas?
Jolly’n’transe virou gente grande e precisa se comportar como tal. Transformá-lo em produtora é ter mais um sonho realizado. A Jolly’n’transe’n’produções já tem realizado outros eventos fora do nicho de club noturno. Já organizei cerimoniais, aniversários e em breve começo a produzir grandes shows de nível nacional aqui em Belém, dando outra “cara” ao evento.




Me conta do teu trabalho como produtor. Já estás há mais de 10 anos em atividade. Como tudo começou?
Vixe, senta que lá vem a história!!! Quando voltei de sampa, estava com a cabeça lotada de coisas bacanas que havia vivenciado por lá. A primeira vez que sai, após ter voltado pra Belém, o povo fritava ao som do mais puro poperô, midi e flash backs da vida.
Naquela época, não se pensava em orkut, twitter ou essas maravilhosas invenções que temos hoje. Por grupos do yahoo, conheci o pessoal do Pragatechno, que aqui era representado pelo pessoal do Coletivo Cotonete. Comecei a freqüentar festas produzidas por eles e a amizade começou a rolar.
Passou um tempo, e então, eu surtei e decidi propor a Rádio Cultura FM a vinculação de um programa de música eletrônica underground. Por motivos pessoais, tive de abandonar o projeto no meio do caminho e voltei quando já se faltava pouco pro TóiN Eletro Cultura ir ao ar.
Foi quando fui convidado a integrar o coletivo Cotonete e comecei a fazer festinhas muuudernas pra amigos nossos. O pessoal do Zeppelin Club convidou o coletivo pra armar festas mensais na casa e no meio disso tudo, fizemos também a primeira rave da cidade. Fiquei no coletivo por mais ou menos um ano. No mesmo período, escrevia pro portal Fervo, de Santa Catarina, o qual já havia manifestado a vontade de criar uma sucursal do Portal em Belém e iria fazer uma festa pra lançar o projeto na extinta Boate GO!, o que nunca saiu do papel, na verdade.
Quando me desliguei do Cotonete, aproveitei a porta entreaberta que eu já havia deixado na GO! e apresentei à casa o projeto daquela que seria apenas uma festa, a primeira Jolly’n’transe. O sucesso foi tão grande, que duas semanas depois eu já estava promovendo a segunda edição e foi assim por cerca de seis meses. Apaguei o nome jolly’n’transe e dei lugar às festas temáticas, que depois viraram festas sem tema algum e com diversificadas atrações.
Esclarecendo uma curiosidade quase global: o nome jolly’n’transe é uma homenagem/referência ao meu cachorro “Jolly”. O n’transe, refere-se ao club paulista Susi in transe, o qual eu freqüentava sempre.


Qual a festa que tu realizastes que foi a mais marcante?
Com certeza a primeira Jolly’n’transe, na GO!. porque trabalhei sozinho em tudo, e a festa foi mais sucesso do que eu esperava (alôca!!!), tive um público que renovou a noite da casa, a festa foi um sucesso em todos os sentidos.

E na noite? Pra onde costumavas sair ?
Em São Paulo curtia muito o Jazzy, Lov.e, A Lôca, Susi in transe, Blue Space e as festas que rolavam na galeria Ouro Fino. Aqui em Belém, eu adorava o Art Rock Café, a The Mask, o Drum’n’bar, o Groove Me Club, o Zeppelin e a Le Max (na minha fase meio Maurício), as festas do Eletrolounge e do pessoal da Sound Factory, Cabul e a Lithium. Claro que não posso esquecer da Mystical, da Spin, da Guetto e da GO!.
Hoje, a única certeza que tenho na noite é o Lux Club, onde com toda certeza vou iniciar ou terminar minha noite. No geral, gosto do clima do Vegas, do Deja Vu, do Amnésia e do recente, poderoso e chiquérrimo Louvre. Pra uma cervejinha e um bate papo com os amigos, gosto muito do Veneza, do Dom Viscondi e do Trânsito. Aos domingos, adoro o Mormaço depois de tomar umas e outras no Bar da Dona Fátima, lá na 25.


Achas que a noite em Belém está mais divertida?
Não, cara! Com toda certeza, não! Eu saio à noite desde meus 13 anos de idade e já vi muitas idéias e lugares bacanas e outros nem tanto. Antes era tudo muito diferente, as pessoas se arrumavam mais, o clima de sábado à noite era irresistível e até a ressaca era mais gostosa. Depois que alguns empolgados deturparam o entretecimento noturno as coisas mudaram muito. Particularmente, prefiro bebericar, ouvir uma boa música e curtir os amigos em casa ou em outra reunião particular. A cidade tá violenta demais, os donos dos clubs não investem mais nas festas, e acabaram transformando a noite em coisas da moda ou algo extremamente estagnado. Sinto falta do niilismo dos promoters de antigamente. Hoje, uma casa só é sucesso até abrir a próxima. O Lux Club é uma grande exceção. Concentra públicos de várias gerações, desde o La Cage e conseguiu se firmar no mercado por inúmeros motivos, mas sobretudo pela seriedade e competência dos seus administradores.

O ano ta acabando. Podemos dizer que 2010 será fodástico?? Vem mais surpresas por ai?
Sempre fica essa pergunta a cada final de ano né? Bom, quero trazer em fevereiro uma mega banda de rock pra cá. Não vou dizer quem é, só adianto que eles lançaram um cd e um dvd neste ano. A produtora continua com as festas no Lux, aguardem pela “Caralhenta” e pela “Pára de Graça”. No geral, desejo a todo mundo infinitas coisas lindas no ano novo que se aproxima. Paz, saúde e que todos façam da vida uma grande festa!

SERVIÇO
FODÁSTICA – FESTA UNDERGROUND, HYPE, MAINSTREAM E AFINS

QUANDO: Sexta, 4 de dezembro.
HORA: A partir das 23:59h.
ONDE: Lux Club – Travessa Rui Barbosa, 174 – entre as ruas Municipalidade e Gaspar Vianna
QUANTO: R$ 5,00 até 01:00h.

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