quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Lovetronics: Até que as pick-ups os separem

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009


Há quatro anos, o casal André e Raissa Lima resolveu juntar as escovas de dente, ou melhor, as pick-ups. Juntos eles formam o projeto Lovetronics, que a cada apresentação cria um dancefloor psicodélico, construindo cérebros através da música e surpreendendo o público cada vez que tocam.
A paixão dos dois pela música eletrônica começou muito cedo, quando o movimento ainda era novidade em Belém no final dos anos 90. “Mas o que realmente despertou essa paixão em nós foi o amor pela música em si. Grandes influências como a do rock progressivo até o mais eletrônico, a house, o techno,o próprio trance psychedelic nos fizeram chegar até o som que curtimos hoje. Costumamos dizer que passamos por várias fases, tanto de descobertas quanto de amadurecimento, o que resultou nesta mistura doida hoje que é o Lovetronics”, diz o DJ André Rico.
Rico é formado em instrumentos de corda e começou a discotecar nos vinis. Raissa acompanhou o crescimento da cena local desde cedo, o que contribuiu muito para sua formação musical atual. Amante de rock progressivo e dona de um acervo com conteúdo bastante psicodélico, ela saiu do backstage das produções das festas para o palco. Os instrumentos de corda e o rock se refletem no trabalho deles. “Os sets ou uma produção sua, como uma track, espelham exatamente tudo o que você gosta dentro da música, suas influências e por ai vai”.
Antes do Lovetronics, Raissa assinava um projeto chamado “Rah Sinamoon”, de lounge, e André já tocava há uns 13 anos. Começou tocando mid back, depois house, tribal até que mudou completamente e passou a investir no psy tance. “Escolhemos o psy porque, de verdade, é o som que mais nos chama atenção dentro do eletrônico”, afirma Raissa. “É algo que fascina e é também uma sonoridade muito rica em termo de estilos. Além disso, é como se fosse uma identidade para nós”.
Não é a toa que eles preferem as festas de trance. “È como se fosse nosso habitat. Talvez seja pelo costume de estarmos tantos anos no meio não só tocando, mas produzindo festas também. E não necessariamente precisa ser rave, mas toda balada eletrônica, tanto de low quanto de sons mais acelerados, tem grande valor para nós, porque é o que exatamente curtimos fazer. Mas isso não quer dizer que não gostamos de outros estilos de festa. Como DJ temos que estar interados com todos os tipos de sons que rolam nas pistas. É de suma importância para um DJ conhecer diferentes estilos musicais, baladas e etc”.
Sobre tocar juntos eles acreditam que um deve entrar na vibe do parceiro. “Essa sintonia sempre rolou entre a gente e isso você vai adquirindo com o tempo, com as experiências no dancefloor. Geralmente nunca programamos nada antes de tocar. Deixamos fluir e vamos seguindo a sequência que o outro botou, seguindo o felling da pista, o momento, o estilo, e assim vamos fazendo inúmeras transições dentro do nosso set”.




O casal também está por trás da Icógnita Produções, que foi a responsável por festas como o I carnaval eletrônico de Vigia, a quinta underground no Mormaço e pelo histórico show da banda Pedra Branca em Belém. O surgimento da Undergroove foi o próximo passo. Com características de festival, a Undergroove já trouxe atrações de peso da cena eletrônica mundial para se apresentar na cidade e, a cada edição, atrai um público maior. Só este ano, a festa já teve cinco edições, sendo duas open air, duas indoor e uma open bar. No próximo sábado (05.12) a Undergroove encerra suas atividades do ano com a festa Undergroove Girls on the decks, que reúne as melhores DJs mulheres de e-music da cidade. “A Undergroove é nosso xodó. Ela surgiu porque, como na música, queríamos inovar também dentro da cena, mostrar mais um pouco do que rola nos festivais do mundo a fora e imprimir nossas loucas ideias no meio de tudo isso”, diverte-se Raissa. “Para o ano que vem, estamos preparando uma super edição ao ar livre com atrações renomadas da cena e muitas horas de festa. Isso é tudo que podemos dizer por enquanto rsrsr”.
O Lovetronics investe também na realização de suas primeiras produções. Eles estudaram bastante sobre masterização e se aprimoraram para produzir as primeiras tracks. Uma evolução do trabalho deles como DJs. “Temos um remix do DJ Radah, que é um night numa linha com mais pegada, e outros remixes em mente e em processo de finalização”, contam. “Quanto as tracks próprias temos coisas boas nas mangas e pretendemos lançar em breve alguma coisa pelo selo Híbrida Recordes e finalizar nosso live act para 2010”.
Além desses planos e do Lovetronics, André e Raissa ainda possuem mais dois projetos musicais. “Como pesquisadores de vários estilos, sempre procuramos expor diferentes coisas ao público. Foi então que surgiu o MiNiLove, que é nosso projeto de minimal techno com um ‘que’ bem europeu e com grooves mais acentuados dentro do estilo”. Raissa também se prepara para lançar o seu mais novo projeto de música ambiente intitulado Flor de Lotús, voltando as suas origens que a revelou para a música.
Com tanto trabalho e tantos projetos assim, ainda vamos ouvir falar bastante sobre eles nos próximos anos.

WWW
Pra achar o Lovetronics na internet
Orkut/facebook/e-mail:lovetronicsproject@yahoo.com.br
Myspace: www.myspace.com/lovetronicsproject
www.myspace.com/undergroove10
www.myspace.com/rahflordelotus
Lovetronics no ar no psyte: http://psyte.uol.com.br/aspx/musica/sets/default.aspx
Twitter: @lovetronics / @undergroovecrew
Comunidade orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=82348497

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