Um sambinha e um drum'n'bass... Já ouviu essa história, né? Pois foi essa sensação de deja vu na apresentação do DJ Patife, sexta-feira passada (12), no African, dentro do projeto Groove-Me Revive.
Se a idéia da festa era a de relembrar o início da cena eletrônica em Belém, a festa até conseguiu. Muitos “pioneiros” daquela época estavam pela festa e o drum era um dos estilos preferidos dos amantes das festas de e-music da cidade. Mas a apresentação foi uma imagem distorcida da música de Patife e de tudo o que ele já fez dentro do drum'n'bass nacional.
Lembro da primeira vez que o vi tocar, em 2004. Era impressionante assistir a Patife passar brincando de momentos intimistas às batidas mais pesadas que faziam a multidão pular até o teto. Mas nada daquilo esteve na apresentação de sexta. Tudo soou repetitivo e com as mesmas situações e idéia contidas em "Sambassim", música com Fernanda Porto que fez Patife bastante popular. E "Sambassim" já tem mais de cinco anos...
Um problema no som fez o DJ interromper o set por 20 minutos até que resolvessem. E é quando Patife se livra da musicalidade "suingada", "bossa novística", que os melhores momentos da apresentação acontecem. Como em "Made in Bahia", com sua saudável quebradeira e em alguns rockinhos todos trabalhados no d’n’b. Mas aí já estamos quase no final da apresentação...
Só uma correção, a festa não foi no african e sim no centro cultural ; )
ResponderExcluir