segunda-feira, 1 de março de 2010
DJ de imagem! VJ Rodrigo Sabbá explica o que faz um VJ
segunda-feira, 1 de março de 2010
Se você acha que VJ é somente aquele cara que apresenta clipes na MTV, errou.
Claro, o VJ pode ser alguém que anuncia clipes, sim. Mas a palavra é usada também a uma nova categoria de artista: o VJ que trabalha em festas de música eletrônica. Esse cara está para as imagens assim como o DJ está para o som.
Reparou que já tem muita festa por aí com “filminhos” sendo projetados em telões, acompanhando as batidas da música? Pois é, por trás daquela parafernália toda está um VJ, ou videojóquei.
Em Belém, um dos mais destacados é o VJ Rodrigo Sabbá. Ele acaba de voltar de São Paulo, onde estudou novas técnicas na área da computação gráfica com alguns dos melhores profissionais do meio.
Rodrigo vai poder mostrar um pouco do seu trabalho na festa Mondo, que acontece na próxima sexta-feira (05.03), no African.
Quando você fala pra alguém que é VJ, as pessoas se espantam? Desconhecem? Como você explica o que um VJ faz?
Na maioria das vezes ainda não sabem. Mas quando explico acham interessante. Tento explicar que existem várias vertentes da vídeo arte no mundo, seja desde o controle de imagens através de um PSP atá mesmo em DVJ, muito similar ao CDJ.
Onde o VJ pode trabalhar?
Um VJ pode trabalhar não somente em festas, mas em muitos eventos indoor e promocionais, como por exemplo, desfiles, teatros e ações promocionais.
Como uma pessoa se torna VJ? Existe curso? Como ela pode aprender?Olha, não existe uma receita. No meu caso, tenho aproximadamente 10 anos de trabalhos visuais, que vem desde a época da febre dos patins. Nessa época eu era o videomaker da turma, porém, eu não tinha o menor conhecimento do que estava fazendo. Depois, comecei a estudar e fazer cursos de edição e manipulação de imagens. Quando vi, já estava tocando e fui aprendendo tentando marcar o tempo da música, sincronizar os samplers e assim foi e está.
Como você começou como VJ? Há quanto tempo você trabalha com isso?
Eu tinha um site com uns amigos chamado Amazon Rave há muito tempo. Lembro que fui em umas raves e tentava mostrar meu trabalho. O exemplo melhor foi a Tuntz, que foi a primeira festa que toquei e por acidente. O VJ da festa sumiu e eu assumi. Desde então não parei. De VJ tenho uns oito anos.
Além de ser VJ você faz outra coisa profissionalmente?
Atualmente trabalho na rádio Jovem Pan como VJ. Podem entrar na página da Jovem Pan Sat e procurar lá em Belém o primeiro VJ reconhecido trabalhando. Rsrrsrs. Meu chefe é uma das pessoas mais ligadas em vídeo pop art e aprendo muito com ele. Também presto serviços como VJ à Rede Globo de Televisão, em São Paulo. Profissionalmente trabalho em regra de prática como MotionDesinger, Criativo e VideoMaker. E tudo na carteirinha, nada de boca.
Você cria seus próprios programas para desenvolver as imagens? Como é o processo criativo?
Meu processo criativo resume-se em estudos e pesquisas. Tento criar uma identidade própria, mas o estudo e tecnologia são fundamentais. Pra ter uma idéia, durante o mês de fevereiro tive que estudar na maior instituição de softwares em CG de SP, referência em vídeo digital. Sem carnaval e sem mordomias, somente estudo, de 8 horas da manhã até as 23 horas.
E como e feita esta seleção para que elas entrem em sincronia com o clima, a vibe da festa e com o som do DJ que esta rolando?
Da mesma maneira que um DJ, um VJ carrega seu case com todos os tipos variáveis de imagens. No meu caso, ando com um HD de 250GB que são suficientes. Depois tenho que saber qual o estilo VJ pra poder interagir com as imagens, em sincronia com o áudio. E ainda tem minha roupa que trabalho. Criei um sistema de controle visual e totalmente louco pra quem olha, mas o efeito e bacana. Eu sou fã do Duft Punk, sem querer ser um fake, mas eles me inspiram bastante.
Quais os DJs mais bacanas com quem você já trabalhou? E as festas mais bacanas que você gostou de ter trabalhado?
Bom, já trabalhei com todo o tipo de artistas. Tanto DJs quanto bandas. Entre meus preferidos estão os DJs Anderson Noise, Skazi, Ingrid, Eskimo, Murphy, Marky, grupo Double You, Mestre Verequete, Pinduca, Tecno Brega e com meu grupo em Sao Paulo, o House U. E, claro, tive uma chance de mostrar meu trabalho em todo o Brasil pela Rede Globo no Profissionais do Ano. Fui para os quatro cantos do país. Me chamaram para todos os eventos. Fiquei muito feliz. Agora aguardo uma próxima oportunidade.
Você tem um estilo musical preferido para as suas imagens?
Agora tenho mais. Estou começando a compor minhas músicas no meu MacPro, pra ser mais exato com o garage band. Meu estilo, sem dúvida, é o Acid House, com toda a licença e respeitos aos demais DJs de plantão. Rsrsrsrsrs
O VJ Alexis Anastasiou, um dos pioneiros da cena nacional, já declarou que “A pista de dança do futuro vai ter imagens mais bem conectadas com a música do que o trabalho feito pelos VJs hoje”. Você concorda com essa afirmação? Acha que os VJs serão cada vez mais presentes?
Sim, claro. A tecnologia leva a isso. Trabalhei com o Alexis aqui em Belém num festival na Arena Yamada. Eu estava sendo VJ para o Coletivo Cotonete e, nesse corre-corre, nos conhecemos. Ele já defendia a interação visual. Achei muito bacana e ele foi muito bacana comigo. Me deu contatos e dicas. No futuro, acho que um dia será a integração dos sistemas, tipo um Audio Visual Jockey.
Acha que a noite em Belém está mais divertida?
Está em relação a bares e umas boates mais convencionais, mas no setor underground estamos voltando à cena. Como, por exemplo, a Mondo que tá levantando esse cenário alternativo da musica eletrônica.
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Ola , gostaria de trocar umas ideias com vc , gostei da entrevista... tem como me manda um email , preciso de umas dicas sobre VJ , abraço...
ResponderExcluirmeu email : rebechisom@hotmail.com