quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Se Rasgum: Mainstream ou independente?
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
O caderno Você, do Diário do Pará, tem uma materinha bem bacana, do Leonardo Fernandes, levantando a questão se a quarta edição do Se Rasgum será mais mainstream. O festival, que acontece de 13 a 15 de novembro, terá nomes como Patu Fu, Bonde do Rolê, Matanza, além de Pinduca e Tecnoshow. Pra ler a matéria completa e o calendário de shows clica aqui.
Como muitos outros festivais que chegam à maturidade, existe sempre a questão de quem deveria ou não tocar no Se Rasgum, festival anual de música e mais bem-sucedida experiência do universo alternativo da região Norte. Mas o Se Rasgum chegou à quarta edição levantando a seguinte questão: teria o festival ficado mainstream demais?
Em seu primeiro ano, o Se Rasgum teve um de seus melhores e mais consistentes line-ups, com Cachorro Grande, Mundo Livre S/A e Vanguart. Um ano depois, mais boas surpresas, com Cordel do Fogo Encantado, Nashville Pussy, Móveis Coloniais de Acaju. Bem legal, certo? Mas no ano passado também tocou o DJ de tecnobrega Maluquinho - um marco ou o indicativo de que algo estava chegando ao fim?
Este ano o Se Rasgum ainda se mantém fiel (em parte) à sua raiz indie. Mas também coloca no palco grupos que vendem discos e têm destaque na grande mídia, como é o caso de um dos head lines do festival, a banda mineira Pato Fu.
“Pensamos, para o head line, em bandas que tivessem um apelo mais pop. Mas isso não quer dizer que sejamos vendidos. Não há conflito de interesse na escalação dos artistas. Gostamos de todas as bandas que fazem parte do festival”, afirma o jornalista Marcelo Damaso, da Dançum Se Rasgum Produciones, produtora responsável pelo festival.
Na manhã de ontem, a produtora anunciou o longo e muitas vezes polêmico rol de atrações do festival, que será realizado nos dias 13, 14 e 15 de novembro, no African Bar.
Além dos já anunciados Matanza, Comunidade Nin Jitsu, Bonde do Rolê e Nação Zumbi, há novidades como Velhas Virgens e a banda uruguaia Hablan Por La Espalda. E mais: uma homenagem para Pinduca e a banda Tecnoshow.
“Rolou uma certa polêmica até entre nós. Mas a missão do festival é essa: ser um espaço para o que há de novo, assim como revelar o que o Pará tem de mais significativo na música. E o tecnobrega é a cara da nova música daqui. Já o Pinduca é esse lance mais da tradição.”, diz Gustavo Bandini, organizador do festival.
Com selo da Abrafin, evento vai custar R$ 500 mil
Esse é um ano significativo para o festival. Esta edição é o rito de passagem da Se Rasgum na Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin), que reúne mais de 40 associados no país, como Goiânia Noise, Porão do rock e Rec Beat, e tem a finalidade de prestar assistência aos novos festivais, oferecendo seu know-how relativo às etapas de planejamento, execução e pós-produção.
Com o prestígio e a influência da Abrafin, veio o massivo investimento para o festival, que este ano vai custar R$ 500 mil reais, nada mal para um evento independente. O principal patrocínio veio da Conexão Vivo. “O festival já saiu do gueto”, afirma Damaso. Resta saber para onde ele vai agora.
NA FOTO, NAÇÃO ZUMBI, UMA DAS ATRAÇÕES DO 4° FESTIVAL SE RASGUM
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