Foi daquelas festas que ficam na cabeça depois. Do tipo que cumpre suas expectativas, que te deixa com vontade de mais, que você cita como exemplo quando está esperando uma boa balada. A quinta edição da TUNTZ, após dois anos sem rolar, fez a alegria dos amantes da música eletrônica que aproveitaram para curtir tudo desde o início da noite de sábado. E mais ainda, fez a alegria daqueles que tiveram a clareza de curtir ali mais uma festa marcante, batendo os pés até o som ter que ser desmontado.
A festa abriu com as apresentações das duplas MC Guamat e Blacksfera (Dub / Dancehall), seguido pelo set de Minimal dos DJs Lovetronic e Rico & Raissa ainda tocando para pouca gente como os primeiros convidados. Quando a dupla Faca e Robin assumiu as pick-ups pegaram a pista já cheia e fervida. Eles iniciaram os trabalhos com energia, interagiram com o publico e comemoraram o set sem erros. Foi um set vibrante multiplicado pela potente luz da tenda.
Mas sem dúvidas um dos grandes momentos da noite foi o set especial de Drum com os veteranos locais, Albery e Bernardo. A apresentação levantou o público principalmente com os hits de anos anteriores. Foi o momentinho de abraços e de todo mundo cantar junto.
Batidão do inferno - O Mixhell entrou e eu tinha um misto de pulga atrás da orelha com curiosidade. E foi uma excelente estréia em terras paraenses. Uma versão brazuca do MSTRKRFT, referência explícitas deles ao lado do LCD Soundsystem (que foi tocado, óbvio, em “Beat Connnection”).
Ver o Iggor tocando bateria sobre as bases foi in-crí-vel! E pra quem nunca viu o Sepultura ao vivo, o caso de muitos ali na TUNTZ, com certeza foi fascinante ver como o pulso do cara é mole, pesado e extremamente rápido.
Murphy entrou em seguida e, graças a Deus, ele sabe muito bem que techno não é uma coisa só (peso, técnica, loop ou BPM) e viajou muitíssimo por todas essas sutilezas do gênero. Mixando com scratchs, cuts, backspins, e tocando até de forma comportada se comparada a outras vezes em que esteve aqui, Murphy deixou o palco da TUNTZ ovacionado esquentando o público para o amanhecer no Parque dos Igarapés.
Ainda assisti ao começo da apresentação do Machines of Shiva e turma do Psy já pirava. Uma canseira me tomou e peguei uma carona pra casa. O dia tava lindo, a festa ia fácil até sabe-lá-que-horas. Fui embora de manhã, justamente quando a rave bomba. Soube que o Lincoln & Tinick e o live do Vortex impressionaram a galera deixando a sensação de quero mais no público. Os sobreviventes a esta edição da TUNTZ já esperam pela próxima!
Ainda bem que a TUNTZ não entrou no tópico festas boas da Belém já Teve \o/
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