Para alguns, Hedwig (Hedwig and the Angry Inch – 2001) é o novo Priscilla. E melhor: é verdadeiro e sem caretices. Para outro, o filme é inspirador. Em forma de musical punk-rock-glam, a história do jovem que sofre uma malsucedida operação de mudança de sexo é contada de modo doce, criativo, romântico e contemporâneo. Sem juízo de valor, vemos a absurda Hedwig em sua tentativa de encontrar “sua metade” e de conseguir o crédito das canções roubadas por um amante.
Essa é a história, mas o filme é muito mais. É pura delícia fashion. Uma ode ao rock, colocando lado a lado Lou Reed, Iggy Pop e David Bowie – e ainda Tina Turner e Nico. Apesar do assunto espinhoso, o clima do filme é glam e de diversão, mesmo nas passagens mais decadentes ou underground. O filme é uma parábola moderna. Independente da orientação sexual, todo mundo já se sentiu um dia como Hedwig.
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