terça-feira, 8 de setembro de 2009

Daniel Peixoto acerta com novo show

terça-feira, 8 de setembro de 2009



POR LEONARDO FERNANDES - JORNAL DIÁRIO DO PARÁ
FOTOS CHRISTIAN EMANOEL - PORTAL ORM

É domingo, véspera de 7 de setembro, no Club New Lux, no Reduto. Do lado de fora, a capital paraense já está possuída pelo clima de cidade fantasma por conta do final de semana prolongado, mas, dentro do clube, uma pequena multidão se apinha na beira do palco para ver de perto a apresentação do cantor Daniel Peixoto.
Todos querem nem que seja um respingo da energia do ex-front man da banda de electro rock cearense Montage, formada em janeiro de 2005 e filhote do site da Trama, que se encontra em recesso por tempo indeterminado.
Belo e andrógino, Daniel é um dos músicos mais carismáticos que já visitou essas bandas. Ele vem de jaqueta de vinil amarela por cima de um vestido, calças legs, maquiagem forte no rosto.
O cabelo loiro, que vem da ascendência alemã do pai, já se esconde atrás de uma forte tintura castanho. Daniel cumprimenta o público com a intimidade de velhos conhecidos, para logo depois, desbocado e elétrico, acertar esse mesmo público em cheio, com suas músicas repletas de sexo, drogas e violência.
De passagem pela cidade para o lançamento do seu trabalho solo, “Mastigando Humanos”, Daniel mantém o espirito sarcástico e anárquico que o consagrou como líder do Montage. Definindo o seu som como electro rock, com referências ao breakbeat, eletropunk, funk carioca e outras fuleragens, Daniel apresentou as músicas do novo álbum ao público, mas sem deixar de lado as velhas conhecidas, como a sua ode ao Beflogin, anti-inflamatório que faz sucesso nas baladas como droga; e “I Trust My Dealer”, o voto de confiança em seu traficante. Com “Floor! Floor! Floor!”, ele nos convida a dançar como uma vagabunda no chão.
O show será usado como base para a produção do videoclipe da música “Mastigando Humanos”, primeiro deste seu novo projeto. A ideia seria utilizar as imagens produzidas pela própria audiência no clipe. Saco meu telefone no mesmo instante e tento focalizar no borrão de gente que se tornou Peixoto, correndo e pulando a todo momento no palco.
Finalmente consigo. Ele pára um instante, entorna uma garrafa de champanhe como se fosse água e segue seu caminho pelo palco. Foram apenas alguns segundos, mas fico feliz com a minha contribuição. Afinal, é o mínimo que posso fazer pelo cara que me fez gostar um pouquinho mais de electro rock.











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